A atuação do fisioterapeuta perito é uma tendência. Isso se deve à alta demanda de ações trabalhistas, normalmente, provocadas pelo aumento de distúrbios cinéticos funcionais em trabalhadores, principalmente, por uso contínuo de computador e acidentes no trabalho.
Com base no diagnóstico médico, a perícia fisioterapêutica analisa e avalia o estado de saúde do reclamante, de modo a identificar se há ou não relação com a queixa processual.
Neste artigo, vamos comentar sobre as atividades do fisioterapeuta perito, abordando os conhecimentos e habilidades necessárias, bem como os diversos tipos de perícias que o profissional pode realizar e aspectos que devem ser considerados antes de optar por um curso de capacitação. Continue a leitura!
Conhecimentos necessários para atuar como fisioterapeuta perito
Para atuar como fisioterapeuta perito, não é necessário fazer nenhuma especialização. Qualquer pessoa pode ser perita, desde que tenha formação em curso superior, como administradores, engenheiros e outros.
Nesse sentido, o fisioterapeuta com registro no CREFITO já está legalmente habilitado para efetuar perícias, bastando fazer a sua inscrição nos órgãos da justiça do trabalho ou civil e oferecer os seus serviços.
Vale ressaltar que, além dos conhecimentos específicos da área de fisioterapia, é preciso ter familiaridade com os termos jurídicos, já que o profissional precisa compreender e utilizar essa linguagem para a elaboração de laudos periciais.
Atuação do profissional perito
A atuação do profissional como perito é uma forma de se destacar no mercado e garantir oportunidades de complementação financeira, já que os serviços periciais são realizados com horários flexíveis, o que ajuda a otimizar a rotina.
O fisioterapeuta perito pode atuar tanto na área trabalhista quanto previdenciária e cível, contribuindo em perícias para escritórios de advocacia, consultorias, DPVAT e seguradoras que necessitem de análises técnicas em casos de incapacidade por acidentes, por exemplo.
A fisioterapia pericial é mais requisitada em ações trabalhistas para obter uma opinião especializada de algum caso específico, podendo ser solicitada tanto pelo trabalhador quanto pela empresa ou juiz.
Perícias judiciais
Ao analisar os termos processuais, caso haja alguma dúvida quanto à veracidade das partes, o juiz pode nomear um fisioterapeuta como perito judicial.
O fisioterapeuta executa, de maneira imparcial, técnicas específicas para avaliar tanto a empresa quanto o cliente, a fim de embasar a decisão do juiz, auxiliando-o para que a sentença seja fidedigna.
Essa é uma atuação clássica em perícia. Além disso, há diversas oportunidades na área, como os seguintes trabalhos ou ações:
- consultorias Ad Hoc — para aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
- DETRAN — litígios relativos ao direito de isenção sobre a compra de veículos;
- incapacidade — provocados por acidentes em locais públicos estaduais, federais ou municipais;
- incapacidade causada por erro médico ou relacionada à conduta fisioterapêutica;
- incapacidade por ações criminosas diversas — assaltos em via pública, violências conjugais, entre outras;
- incapacidade por atividades de responsabilidade federal, do estado ou do município — acidentes em parques públicos, vacinação, entre outros.
- seguradoras — como aposentadorias por previdência privada;
- seguro DPVAT.
Capacitação em perícia fisioterapêutica
Caso o profissional sinta a necessidade de buscar algum curso de capacitação, antes de optar por um, deve buscar informações sobre a credibilidade da instituição de ensino no mercado.
Além disso, é importante considerar outros aspectos, como:
- carga horária — mínimo de 40h, com 50% de aulas práticas;
- conteúdo programático;
- experiência profissional e didática do corpo docente;
- convênio da escola com alguma Associação de Classe.
Os estudantes de fisioterapia também podem realizar o curso de perito. Entretanto, é aconselhável que, antes, cumpram as disciplinas básicas de anatomia, cinesiologia, biomecânica e fisiologia, visto que esses conhecimentos ajudam para um melhor aproveitamento da formação.
Embora seja possível se antecipar com o curso de capacitação, é importante lembrar que só poderão atuar como peritos após a obtenção do registro profissional no CREFITO.
Como vimos, o fisioterapeuta perito pode atuar em diversas áreas que demandam conhecimentos técnicos para avaliação e diagnóstico cinético-funcional. Caso o profissional opte por um curso de capacitação, é importante considerar os aspectos que comentamos para garantir a qualidade da certificação.
Agora que você já sabe o que faz um terapeuta perito, veja também outras áreas para se especializar!