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Tudo que você precisa saber sobre a Síndrome de Osgood Schlatter!

Tudo que você precisa saber sobre a Síndrome de Osgood Schlatter!

Para ser um fisioterapeuta de sucesso, é importante ter atenção às doenças emergentes — ou seja, cuja incidência vem aumentando nos últimos anos. Um dos exemplos dessas condições é a síndrome de Osgood Schlatter: embora tenha sido descrita há mais de um século, sua importância tem crescido cada vez mais nas últimas décadas. Você sabe por quê?

Neste artigo, falaremos sobre as principais características da doença. Embora ainda existam fatores não elucidados pela ciência, você se atualizará sobre o que sabemos até o momento; além disso, conhecerá as melhores práticas fisioterápicas e as diferentes modalidades de tratamento. Continue lendo para saber mais!

Epidemiologia

A síndrome de Osgood Schlatter é uma causa comum de dor no joelho, principalmente em jovens atletas. Ela acomete, majoritariamente, pacientes de 10 a 15 anos, que iniciaram atividades físicas de alto impacto.

No Brasil, destacamos o futebol como a principal modalidade esportiva relacionada à doença, devido à prática mais comum. Entretanto, outras atividades, como vôlei e basquete, também estão relacionadas. Nos últimos anos, esses esportes foram muito popularizados devido aos benefícios à saúde, à convivência social e ao lazer, um dos motivos principais para o aumento na incidência da síndrome.

Fisiopatologia

Classicamente, consideramos que a síndrome de Osgood Schlatter ocorre devido a uma tensão mecânica do tendão patelar. A inserção distal dessa estrutura é no tubérculo tibial — onde ocorre a dor característica, o que advoga a favor dessa teoria.

Durante a adolescência, essa estrutura ainda está em desenvolvimento: o tecido cartilaginoso, mais frágil, ainda não deu origem, completamente, à estrutura óssea final. Por isso, uma tensão excessiva do tendão patelar leva a microlesões e a uma osteocondrite local.

Quadro clínico

O sintoma mais característico da síndrome de Osgood Schlatter é a dor no joelho. Essa dor geralmente piora com a atividade física e melhora com o repouso, sendo mais frequentemente unilateral.

A partir do exame físico, a dor pode ser deflagrada com a palpação do tubérculo tibial. Ele é localizado dois a três polegares abaixo da patela, e pode apresentar sinais flogísticos, dependendo da acentuação do quadro. O paciente também tem dificuldade em permanecer muito tempo agachado ou ajoelhado.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é basicamente clínico. Achados na radiografia, como fragmentação óssea na tuberosidade tibial, podem ser encontrados, mas não são necessários ao diagnóstico.

A principal terapia para a síndrome de Osgood Schlatter é conservadora: é necessário que o paciente fique em repouso do esporte que engatilhou os sintomas, temporariamente. Com a finalização da maturação óssea, o esqueleto suportará a atividade física e ele pode gradativamente retornar a ela. Aplicação local de gelo e anti-inflamatórios também pode ser utilizada para o alívio dos sintomas.

Na estratégia terapêutica, o fisioterapeuta é fundamental. Estudos recentes apontam que um dos principais fatores de risco para a síndrome é a falta de condicionamento do quadríceps. Portanto, exercícios que fortaleçam essa musculatura podem ser benéficos para agilizar o tratamento.

São várias as modalidades que podem ser empregadas para esse fim. Atualmente, vêm ganhando espaço na fisioterapia técnicas como o pilates ou a eletroestimulação. Entretanto, exercícios tradicionais, que envolvam a extensão do joelho, ainda são muito utilizados. O alongamento dos músculos quadricipitais também pode surtir efeito benéfico.

De difícil, a síndrome de Osgood Schlatter tem apenas o nome. Embora essa seja uma condição ainda pouco estudada pela ciência, avançamos consideravelmente nos últimos anos; com isso, é possível fornecer ao paciente um tratamento mais eficaz, tanto clínico quanto fisioterápico.

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